18 de out. de 2017

Pequenas penas

Há uma enorme solidão nas penas pequenas
Elas não merecem um lugar no confessionário dos amigos e, constritas no coração silencioso, vão ocupando mais espaço no vazio da alma. Alastram como o fogo mas não queimam, sufocam como o fumo antes da chuva providente. A pequenez dessas penas é como a pequenez das partículas de cinza, que forram os terrenos e impedem a alma de respirar e cortam-lhe as asas da criatividade. Só a alegria é criativa, só ela, como a chuva da primavera, deixa brotar o verde da arte.

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