Se me pedirem para me apresentar, definir, esbarro sempre numa dualidade. Sou muita coisa como todos nós e como todos nós também posso ser o contrário. Costumo dizer que o meu mantra é a liberdade mas neste contexto direi que me defino como independente.
Neste mundo em que assistimos a radicalizações perigosas e indesejáveis, não importa se à esquerda ou à direita, acredito que os independentes têm um contributo importante a dar, e eu acredito que o vou dar.
É hoje amplamente aceite que a democracia tem defeitos mas que não se conhece até agora melhor sistema de organização e gestão da coisa pública. Portanto, embora felizmente o nosso sistema eleitoral permita candidaturas totalmente independentes de estruturas partidárias, concorrer com o apoio de um partido, no meu caso como independente com o apoio do Bloco, é coerente com essa convicção de que é a melhor forma de participação na vida política, embora não deixando de ter consciência que os espaços de debate, de exposição pública de ideias e o próprio financiamento são mais acessíveis do que o serão para uma candidatura apartidária.
Se do ponto de vista pessoal foi uma honra merecer a confiança de alguém cujas opções ideológicas nem sempre são totalmente coincidentes com as minhas, do ponto de vista político o que a questão requer é algo que está para além da honra, requer carácter e segurança para clarificar os valores que temos em comum e decidir se, como diz o Rui Veloso, é mais o que nos une do que o que nos separa.
Se aceitei com orgulho o convite para encabeçar a lista do BE à Câmara Municipal de Montemor-o-Velho foi porque achei que os valores que são importantes para mim são comuns com os do Bloco, nomeadamente valores humanos, de respeito pela dignidade das pessoas, de respeito pela diferença, de respeito pela natureza, enfim, de busca de felicidade e de bem-estar, que se traduz tantas vezes em coisas simples, muito para além dos índices de riqueza; que se traduz em emprego, apoio à infância e à educação, transparência nos serviços públicos, apoio a idosos, facilitação da vida económica e cultura, muita cultura.
Iniciamos agora uma caminhada que nos levará até à Câmara, porque acreditamos que vencer depende de nós e de vós, depende de acreditar que é possível saír do ciclo do Mais do Mesmo, depende do voto, do voto de confiança e do voto real, nas urnas.
Acredito em Montemor, Amo Montemor, Sei que é possível viver melhor em Montemor e Acredito que vencer a Câmara e Agir não é uma utopia, é uma necessidade.
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