Nota prévia:
Contém vocabulário impróprio (?)
Não interessa se esta história é ou não politicamente correcta, não interessa se representa ou não o comportamento de uma classe, o que importa é que é verdadeira e foi contada na primeira pessoa!

Naquele dia, como sempre, exercia com zelo a sua profissão - perante um estacionamento em sítio proibido, puxou do seu livro e começou a passar a multa, como era seu dever. Neste ofício de polícia havia que saber ser surdo ouvindo e manter a calma perante as muitas agressões verbais de que eram, e são ainda hoje, alvo. O dono do carro, mesmo sabendo que cometera uma infracção, tentou demovê-lo de lhe passar a multa. Ele, calmo e paciente, não reagiu e continuou, impávido, a escrever no seu livrinho. O homem, revoltado com a sua indiferença, começou a ficar mais agressivo e iniciou uma escalada de agressões verbais: chamou-lhe todos os nomes que possam imaginar mas houve uma ofensa que repetiu à exaustão. Enquanto Sampaio continuava a preencher a multa, calmamente, o homem dizia-lhe, aos berros, que ele era um ignorante, que nem sabia escrever! Foi repetindo aquela ladaínha de várias formas, insistentemente, enquando Sampaio continuava a escrever, calmamente!

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