Pedem-me explicações de tudo, repetem as mesmas perguntas de várias perspectivas, tentam encontrar incongruências para tentar derrubar a construcção do que sou. As incongruências existem, claro!, mas o meu edifício, embora com frestas, está erguido em bases profundas que eu própria não sei explicar.
Os inquisidores fragilizam-nos, desenquadram-nos, ostracizam-nos, expulsam-nos do seu círculo e deixam-nos sós, sem tribo.
Viver sem tribo é doloroso, embora comporte algum prazer, algum orgulho. Pode parecer um sentimento fútil ou pedante mas é real.
Além disso acabamos por encontrar sempre alguém sem tribo que passa a ser a nossa tribo também. O problema é que todos os seus elementos, mesmo assim, em alguns momentos sentem falta de tribo! Perceba-se no entanto que este sentimento é exógeno, vem da exclusão da manada. Não porque em realidade quiséssemos fazer parte dela, mas porque de forma por vezes pretenciosa, queremos que alguns elementos da manada passem para a nossa tribo. O triste é que, por definição, eles não o farão, NUNCA!
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