17 de ago. de 2010

Exportar é preciso

nas notícias da noite, horário nobre (! para quem?), a jornalista entrevista a empresária orgulhosa. Porquê? Uma noiva russa encomendara-lhe, directamente, um vestido que ela (empresária) enviou prontamente, por correio, a metade do preço que custava na loja chique de Moscovo.  Mas que orgulho!! a excêntrica e rica (?) noiva russa adora os vestidos portugueses.

Eu, por mim, fico envergonhada... Neste episódio existe realmente um motivo de orgulho - o design de moda português desperta interesse "lá fora". A mim o que não me orgulha nada é uma empresária que não respeita o seu parceiro de negócios (formal ou informal, pouco devia importar!). O lojista russo sabe chegar ao público certo, investe num produto desconhecido, promove-o, tem os custos fixos, toma o  risco e no fim é traído pelo cliente  e pelo fornecedor.

A cliente tem o direito de procurar o melhor para si, claro. Eu, que sou absoluta defensora do comércio online e livre, não posso criticá-la.
Já no que respeita ao fornecedor... Eu, se fosse o lojista russo, esperaria lealdade (dummy!!), respeito (troll!!) e colaboração (squê?!). No fim, digo eu!, todos ganhariam. Neste caso, mais uma vez se eu fosse o lojista russo, deixaria imediatamente de distribuir a marca portuguesa. Sabe-se lá que lucros a empresária portuguesa deixará de ter por ter quebrado uma regra básica - a do respeito!?

Eu acredito que o lucro gerado pelos valores é mais moroso mas também mais consistente.

Será que estou doida? Parece que sim! Às vezes sinto-me só nesta perspectiva... Só? Nããão. Somos pelo menos 2... 3..., talvez uma meia dúzia de tigres que se recusam a ser camaleões.


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